- WSL / Marcio David

O WSL Layback Pro vai abrir a decisão dos títulos sul-americanos da World Surf League nesta quarta-feira em Florianópolis e pela primeira vez na Praia da Joaquina, que há 9 anos não sediava uma etapa do WSL Qualifying Series (QS). Desde 2021, o QS 3000 que vinha fechando a temporada da WSL South America na Praia Mole, agora muda para um palco histórico do esporte no Brasil. Os florianopolitanos Lucas Vicente e Laura Raupp, lideram os rankings e podem confirmar a hegemonia do surfe catarinense na América do Sul, se repetirem a dobradinha do Mateus Herdy e Tainá Hinckel no ano passado. A batalha final da temporada 2024/2025, começa nesta quarta-feira e será transmitida ao vivo da Ilha de Santa Catarina pelo WorldSurfLeague.com.

WSL Layback Pro Joaquina WSL Layback Pro Joaquina - WSL / WSL Latam

A Layback é a marca que mais realiza eventos da World Surf League no Brasil. O QS 3000 na Praia da Joaquina, será o quinto seguido em Florianópolis e outros três aconteceram no reduto ecológico da Prainha, no Rio de Janeiro. E o WSL Layback Pro é muito mais do que um campeonato de surfe. Além do show garantido de grandes estrelas do surfe brasileiro e sul-americano nas ondas da Joaca, muitas festas estão programadas para a torcida. Todos os fins de tarde, vai ter um "sunset" animado por DJs na praia mais famosa da Ilha de Santa Catarina. E na quinta-feira começa a segunda edição do Floripa Film Festival promovido pela Layback. Serão exibidos 50 filmes de surfe, sendo 35 produções nacionais e 15 internacionais. As mostras vão acontecer no "The Search House", na Barra da Lagoa.

As noites do Floripa Film Festival serão um atrativo para os surfistas relaxarem um pouco, porque a pressão durante o dia estará intensa na Praia da Joaquina. Laura Raupp é a primeira campeã da história do Layback Pro em 2021, quando tinha apenas 15 anos de idade e estreava em etapas do QS. Ela venceu outras sete desde então, três nessa temporada 2024/2025, em Torres (RS), Saquarema (RJ) e na Praia de Maresias, em São Sebastião (SP). Laurinha só tem uma concorrente na disputa do título, a peruana Arena Rodriguez, que necessita unicamente da vitória na Praia da Joaquina, para ultrapassar a atual pontuação da catarinense. E Laura Raupp garante o primeiro lugar se chegar nas quartas de final.

Lucas Vicente Lucas Vicente - WSL / Marcio David

13 CONCORRENTES AO TÍTULO - Já para Lucas Vicente confirmar seu primeiro troféu de campeão sul-americano da WSL, sem depender de outros resultados, precisa chegar na grande final do WSL Layback Pro. E ele conhece muito bem o palco da batalha final esse ano, pois foi criado nas categorias de base da Associação de Surf da Joaquina (ASJ). O campeão mundial Pro Junior da WSL em 2019, tem 12 concorrentes com chances matemáticas de ultrapassar os seus 5.700 pontos no ranking. O principal é o vice-líder, Franco Radziunas, da Argentina, que supera essa pontuação se ficar em nono lugar, ou perder em terceiro na rodada classificatória para as quartas de final.

O segundo com mais chances é o paraibano José Francisco, que há muitos anos mora em Florianópolis e foi bicampeão catarinense em 2022 e 2023. O Fininho, como é conhecido, está em terceiro no ranking e precisa alcançar as semifinais do WSL Layback Pro para atingir 5.765 pontos. Três já têm que chegar na grande final para ultrapassar os 5.700 pontos do Lucas Vicente, o paranaense Peterson Crisanto (4.o no ranking) e os paulistas Igor Moraes (5.o) e Kaue Germano (5.o). Para outros seis, somente com a vitória na Praia da Joaquina. Essa é a única chance de título para o cearense Cauã Costa (7.o), o paulista Weslley Dantas (7.o), o argentino Nacho Gundesen (9.o), o potiguar Mateus Sena (10.o), o saquaremense Rickson Falcão (11.o), o paulista Wesley Leite (12.o) e o cearense Michael Rodrigues (14.o), que é o grande destaque dos 4 anos da história do Layback Pro na Praia Mole.

VAGAS NO CHALLENGER - Além de decidir os títulos sul-americanos da temporada 2024/2025 da WSL South America, o WSL Layback Pro vai fechar a lista dos 7 homens e 3 mulheres que irão disputar o Challenger Series esse ano, o circuito de acesso para a elite do WSL Championship Tour (CT). Os líderes dos rankings, Lucas Vicente e Laura Raupp, são os únicos que já estão com suas vagas garantidas. No ranking feminino, apenas três surfistas ainda ameaçam as peruanas Arena Rodriguez (2.a do ranking) e Daniella Rosas (3.a). Mas, já precisam chegar na final para isso. A carioca Julia Duarte (4.a) ultrapassa os 7.282 atuais da Daniella se passar pelas semifinais, enquanto para a argentina Vera Jarisz e a peruana Sol Aguirre, somente com a vitória na Praia da Joaquina.

José Francisco José Francisco - WSL / Marcio David

No ranking masculino, está bem mais aberta a disputa pelas seis vagas que restam para fechar a lista dos representantes da América do Sul no Challenger Series 2025. Com os 3.000 pontos em jogo no WSL Layback Pro, a batalha envolve 60 surfistas com chances matemáticas de ficar entre os 7 primeiros colocados. No momento, estão se classificando o argentino Franco Radziunas (2.o) e os brasileiros José Francisco (3.o), Peterson Crisanto (4.o), Igor Moraes (5.o), Kaue Germano (5.o), com Cauã Costa (7.o) e Weslley Dantas (7.o), fechando o grupo dos 7 primeiros colocados.

Os principais concorrentes do Cauã e do Weslley, são o argentino Nacho Gundesen (9.o) e os brasileiros Rickson Falcão (11.o), Wesley Leite (12.o) e Michael Rodrigues (14.o). Os quatro ultrapassam os 3.723 dos últimos do G-7, na fase dos 16 melhores do WSL Layback Pro. Seis têm que passar por essa rodada classificatória para as quartas de final, Mateus Sena (10.o), Daniel Templar (15.o), Mateus Herdy (16.o), Matheus Navarro (17.o), o peruano Alonso Correa (19.o) e Hizunomê Bettero (22.o). Outros sete precisam chegar nas semifinais, entre eles, o defensor do título do WSL Layback Pro, Lucas Silveira. Mais oito superam os 3.723 pontos se passarem para a grande final e 28 só com a vitória na Joaca.

Lucas Silveira Lucas Silveira - WSL / Marcio David

BATERIAS ESCALADAS - Os surfistas já estão escalados para estrear no WSL Layback Pro. Os 80 inscritos no QS 3000 masculino, foram divididos em duas fases de baterias com quatro competidores, classificando-se os dois melhores em cada. Os 48 mais bem colocados no ranking da WSL South America, formam a lista dos cabeças de chave dos 16 confrontos da segunda fase. O líder Lucas Vicente, vai estrear na 11.a, com os paulistas Gabriel André e Philippe Neves. Já o campeão na Praia Mole em 2024, Lucas Silveira, começa a defender o título na quinta bateria, com Marcos Correa e Samuel Joca.

Mas, a rodada inicial já começa em alto nível, com o campeão catarinense profissional de 2024, Lucas Haag, estreando na segunda bateria com o chileno Roberto Araki, o equatoriano Alex Suarez e o cearense Glauciano Rodrigues. Mais cinco surfistas de outros países começam a se apresentar nas ondas Joaca nesta primeira fase. Tem ainda uma atração na sétima e penúltima bateria, o potiguar Rafael Barbosa, que venceu o WSL Taíba Pro encerrado no domingo no Ceará. E na última, está o campeão mundial Adriano de Souza, com os catarinenses Caetano Vargas, Takeshi Oyama e Santiago Muniz.

Laura Raupp Laura Raupp - WSL / Marcio David

CATEGORIA FEMININA - Na competição feminina, as 26 participantes vão estrear no primeiro WSL Layback Pro na Praia da Joaquina, nas oito baterias da rodada inicial. A líder do ranking, Laura Raupp, campeã da primeira etapa da Layback em 2021 na Praia Mole e vice na final com Tainá Hinckel no ano passado, foi escalada na primeira bateria. Suas adversárias são a paulista Julia Nicanor e a bicampeã sul-americana da WSL, Dominic Barona, do Equador. Já a surfista olímpica da Guarda do Embau e campeã sul-americana da temporada 2023/2024, Tainá Hinckel, faz a sua primeira defesa do título do WSL Layback Pro na quinta bateria, contra a paulista Sophia Gonçalves e a chilena Isidora Bultó.

O WSL Layback Pro é homologado pela WSL Latin America e viabilizado pela Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte do Governo Federal do Brasil. Esta etapa do QS 3000 é uma realização da Agência Esporte & Arte e acontece com patrocínio de Dare e Prefeitura Municipal de Florianópolis através da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer; apoio da Greenish, Ease Labs Cannabis Products, Evoke, Fu-Wax, Havenga, Oakberry, Refúgio Ekrãn e Cris Hotel; conta com o suporte da Federação Catarinense de Surf (FECASURF) e Associação de Surf da Joaquina (ASJ), parceria de mídia do site Waves.com.br e produção da FIRMA na transmissão ao vivo pelo WorldSurfLeague.com.

Lucas Silveira and Tainá Hinckel Lucas Silveira e Tainá Hinckel, campeões do Layback 2024 na Praia Mole - WSL / Marcio David

FLORIPA FILM FESTIVAL - O Floripa Film Festival foi uma das atrações do Layback Pro que estreou com grande sucesso no ano passado. Nesta segunda edição, serão exibidos 50 filmes de surfe, sendo 35 produções nacionais e 15 internacionais. As mostras vão acontecer nos dias 20, 21 e 22 de março no "The Search House", localizado na Barra da Lagoa. Nos 3 dias, as exibições começam por volta das 16h00, com pequenos intervalos até as 22h30. Na sexta-feira (dia 21) e no sábado (22), também haverá shows musicais e DJs agitando a galera desde as 23h00 até as 2h00 da madrugada.

CAMPEÕES DA HISTÓRIA DO LAYBACK PRO:

2021 na Praia Mole: Eduardo Motta (SP) e Laura Raupp (SC)

2022 na Praia Mole: Michael Rodrigues (CE) e Daniella Rosas (PER)

2022 na Prainha do RJ: João Chianca (RJ) e Summer Macedo (HAV)

2023 na Praia Mole: Luan Wood (SC) e Silvana Lima (CE)

2023 na Prainha do RJ: Cauã Costa (CE) e Laura Raupp (SC)

2024 na Praia Mole: Lucas Silveira (RJ) e Tainá Hinckel (SC)

2024: na Prainha do RJ: Cauã Costa (CE) e Arena Rodriguez (PER)

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