- WSL / Luiz Blanco

O Layback Pro Prainha apresentado por Instituto O Grito abriu a competição masculina da etapa carioca do World Surf League (WSL) Qualifying Series (QS) na quinta-feira de céu nublado, mas com boas ondas na Prainha, santuário ecológico da capital do Rio de Janeiro. Foram realizadas as 16 baterias das duas primeiras fases, com 48 surfistas estreando no primeiro dia. Apenas 16 se classificaram para enfrentar os 16 principais cabeças de chave, que só estreiam na terceira fase desta quarta etapa da temporada 2024/2025 da WSL South America. Na sexta-feira será iniciada a competição feminina, a partir das 8h00 na Prainha.

O destaque da quinta-feira foi o catarinense Walley Guimarães, que achou a rampa para voar numa esquerda da Prainha, fazer o giro completo no ar e aterrissar com segurança, completando um full rotation que ganhou a maior nota do dia, 9,17. O recorde foi em sua segunda participação, contra o também catarinense Takeshi Oyama e dois do Rio de Janeiro, Yan Sondahl e Gustavo Henrique, que se classificou em segundo lugar. Só mais dois venceram duas baterias na quinta-feira, o argentino Thiago Passeri e o paulista Philippe Chagas, de Ubatuba. Na primeira fase, Walley Guimarães derrotou três do Rio de Janeiro, Daniel Templar de Saquarema, Yuri Fernandes e Ian Alho.

"Felizmente, eu achei a finaleira ali, a onda que eu tava precisando", disse Walley Guimarães. "Foi muito bom e estou feliz demais que consegui mandar um aéreo legal, um full rotation, pra passar a bateria. Estou muito contente e já muito focado pra próxima também. Eu competi aqui em 2022, é um lugar especial que dá altas ondas e estou feliz por estar aqui de novo. Agora é dar uma descansada e ir com tudo na próxima".

Walley Guimaraes Walley Guimarães estreando na primeira fase do Layback Pro Prainha - WSL / Luiz Blanco

A próxima do recordista de nota do Layback Pro Prainha esse ano, é a terceira bateria da segunda fase, que tem como cabeças de chave o paranaense terceiro do ranking, Peterson Crisanto, o paulista Caio Costa e Sunny Pires, de Armação de Buzios, que também passou pelas duas fases na quinta-feira. Na segunda, Sunny avançou junto com Daniel Templar, que fez o maior somatório do dia, 12,83 pontos. Eles passaram para a terceira fase contra dois que estavam estreando, o ex-top da elite da WSL, Wiggolly Dantas, e Samuel Igo, recordista da temporada com 18,40 pontos numa bateria em Saquarema.

No Layback Pro Prainha, os recordes foram registrados na primeira edição em 2022, a nota 9,50 do carioca Anderson da Silva e o até agora imbatíveis 17,54 pontos do Santiago Muniz. Anderson é o conhecido Pikachu da comunidade do Cantagalo, revelado nos projetos do Arpoador Surf Club e da Favela Surf Club, que tiram crianças da ociosidade para surfar. Anderson estreou com vitória no penúltimo confronto da quinta-feira e não conseguiu outra nota excelente, mas fez o suficiente para vencer os paulistas Daniel Adisaka, Gabriel André, e o cearense Guilherme Lemos, que mora no Rio de Janeiro.

Anderson da Silva Anderson da Silva estreando com vitória no Layback Pro Prainha 2024 - WSL / Luiz Blanco

BATERIA DE TOP-7 - Um dos principais confrontos da quinta-feira, foi o que abriu a segunda fase com dois surfistas que estão entre os top-7 do ranking da WSL South America, grupo que se classifica para o Challenger Series, circuito de acesso para a elite do World Surf League Championship Tour (CT). O vice-líder Franco Radziunas, da Argentina, surfou a melhor onda e a nota 7,50 garantiu a vitória em sua estreia no Layback Pro Prainha. O número 4 do ranking, Igor Moraes, de São Sebastião (SP), já havia vencido a primeira bateria do dia e avançou em segundo lugar nessa. Os dois eliminaram outro argentino, Francisco Laxalde, e Moises Estevan, do Rio de Janeiro.

"Estou muito contente. Esse já é o meu quarto QS aqui no Brasil esse ano, as ondas estão bem divertidas e estou feliz por passar a bateria", disse o vice-líder do ranking, Franco Radziunas. "É a primeira vez que eu venho na Prainha e gostei bastante. Sempre que vim pro Rio (de Janeiro), fui direto pra Saquarema, nunca fiquei aqui no Rio e agora estou conhecendo essa linda onda e linda praia também. Esse lugar é muito lindo, as ondas já vi que são boas e estou feliz por conhecer esse lugar tão bonito".

Franco Radziunas Franco Radziunas começando a defender a vice-liderança do ranking - WSL / Luiz Blanco

Com a vitória, Franco Radziunas foi para a primeira bateria da terceira fase, que é encabeçada pelo campeão do Layback Pro Prainha no ano passado, Cauã Costa, e o experiente carioca Leandro Bastos. O vice-campeão sul-americano Pro Junior da WSL esse ano, Cauet Frazão, cearense como Cauã que também mora no Recreio dos Bandeirantes, completa este primeiro confronto da rodada dos cabeças de chave. Já Igor Moraes foi para a segunda bateria, com dois conterrâneos de São Sebastião estreando, o jovem Rodrigo Saldanha e o vice-campeão na final do ano passado com Cauã Costa, Kaue Germano. Igor Moraes foi um dos que passaram pelas duas fases na quinta-feira.

"Foi difícil. Tem altas ondas, mas ao mesmo tempo, está difícil de achar as boas, então estou muito feliz por avançar as duas baterias", disse o número 4 do ranking, Igor Moraes, queera para estrear só na terceira fase. "Infelizmente, eu perdi o prazo da inscrição, porque o planejamento financeiro é difícil sem patrocínio. Mas é isso, vamo que vamo, to amarradão e quero fazer um bom resultado. Eu já fiz um nono lugar nesse evento em 2022, aqui dá altas ondas, é a maior vibe, sempre sou bem recebido pela galera local e to amarradão. Que venha um resultado bom aí, com fé em Deus até para vencer o campeonato".

Igor Moraes Igor Moraes entrou na primeira fase por não ter feito a inscrição no prazo - WSL / Luiz Blanco

ESTREIA DAS MENINAS - Na sexta-feira, será a vez das meninas competirem no evento apresentado pelo Instituto O Grito. O segundo dia vai começar pela primeira fase feminina e na sequência será disputada a segunda rodada com quatro baterias, quando estrearão as 8 cabeças de chave da única etapa carioca da temporada 2024/2025 da WSL South America. Entre elas, a líder do ranking e campeã do Layback Pro Prainha no ano passado, Laura Raupp, que está escalada na primeira bateria. A catarinense também venceu o primeiro Layback Pro da história, em 2021 na Praia Mole de Florianópolis (SC).

Laura Raupp e mais duas cabeças de chave, a paulista Sophia Medina e a peruana Daniella Rosas, estão vindo direto do Challenger Series encerrado na segunda-feira na África do Sul, para competir no Rio de Janeiro. Sophia foi semifinalista do Ballito Pro em KwaZulu-Natal e vai estrear na terceira bateria da segunda fase. A tricampeã sul-americana, Daniella Rosas, é a vice-líder do ranking e vai disputar as duas últimas vagas para as quartas de final. Todas as surfistas e os surfistas, são unânimes em afirmar que competir na Prainha é especial, tem altas ondas e um visual único quando está dentro d´água.

Instituto O Grito apresenta o Layback Pro Prainha Prainha preservada graças ao empenho da ASAP fundada 35 anos atrás - WSL / Luiz Blanco

35 ANOS DA ASAP - A Prainha é uma área cercada por encostas íngremes cobertas pela Mata Atlântica, onde está localizado o Parque Estadual da Pedra Branca. Em 1989, os surfistas frequentadores da Prainha, se uniram e fundaram a Associação de Surfistas e Amigos da Prainha (ASAP), para divulgar e alertar a população sobre a existência de um projeto para construção de um condomínio residencial e hoteleiro na área. Foi então iniciada uma série de manifestações a favor da preservação do local, o que motivou a criação da Área de Proteção Ambiental da Prainha, com cerca de 166 hectares.

No início dos anos 90, foram realizadas negociações entre a Prefeitura do Rio de Janeiro e proprietários da área da Prainha, para viabilizar a implantação de um Parque Público, garantindo assim a preservação do local. Em 1999 foi concluído o processo de transferência da área para o município, criando-se assim o Parque Natural Municipal da Prainha. E em 15 de setembro de 2001, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura do Rio de Janeiro, inaugurou o Parque Municipal Ecológico da Prainha, como mais um espaço de lazer e aprendizado ambiental para a população.

Instituto O Grito apresenta o Layback Pro Prainha Prainha com boas ondas para abrir a terceira edição do Layback Pro - WSL / Luiz Blanco

ATRAÇÕES EXTRAS: Começou o show de surfe, mas o Layback Pro Prainha não é só um campeonato e várias atrações extras para o público, estão rolando nesta semana. Na quarta-feira já foram iniciadas as aulas de Yoga e Jiu-Jitsu no Parque Natural da Prainha, com a mini-ramp de skate e o Local Market também funcionando no estacionamento da Prainha e à noite teve a Festa de Abertura no Layback Park. Na quinta-feira começou a competição na Prainha e as outras atividades seguirão acontecendo todos os dias, com o Layback Park no Recreio também promovendo atrações para o público curtir todas as noites.

PROGRAMAÇÃO OFICIAL DO LAYBACK PRO: ------Layback Park: Rua Fernando Bujones, 66 - Recreio dos Bandeirantes
11/jul - quinta-feira as 20h: Layback apresenta Best Trick´s + Premiére Overliife - Jobiel Video Part
12/jul - sexta-feira as 20h: Popcorn Session´s - exibições Entrelar, EP.16, Otherwise e Layback Team X-Games Ventura Final
13/jul - sábado as 14h na Prainha - After Contest com DJ Zion
13/jul - sábado a noite - Festa Oficial do Layback Pro com Emanno convida Helite Bentes na Longboard Paradise na Av. Paulo Tapajós, 616 - Recreio
14/jul - domingo as 14h na Prainha - After Contest com DJ David Tabalipa
14/jul - as 18h no Layback Park: Layback Pro After Party - Encerramento

O Instituto O Grito apresenta o LayBack Pro Prainha 2024, uma realização da Agência Esporte & Arte (AEA), licenciada pela WSL Latin America para promover uma etapa do Qualifying Series (QS), com patrocínios da Prefeitura do Rio de Janeiro, Greenish, Burguer King, Corona e Real Estruturas, além do apoio da Evoke, Fu-WAX e Orla Rio; com suporte da ASAP (Associação dos Surfistas e Amigos da Prainha) e FESERJ (Federação de Surf do Estado do Rio de Janeiro), parceria de mídia do Waves, produção de vídeos da Firma e Ribalta é o Hotel Oficial do evento viabilizado pela Secretaria de Esporte e Lazer do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Instituto O Grito apresenta o Layback Pro Prainha Estrutura do Layback Pro Prainha reduzida para ser instalada no asfalto - WSL / Luiz Blanco

O Layback Pro Prainha não está transmitindo imagens ao vivo pela internet esse ano, por causa das ressacas que atingiram a capital do Rio de Janeiro nos últimos dias e diminuíram bastante a faixa de areia na Prainha. Com isso, a estrutura do evento precisou ser reduzida para montar no asfalto, em meia pista da estrada, ficando sem espaço para instalar os equipamentos necessários para realizar a transmissão ao vivo. Apenas as notas e resultados das baterias estão sendo atualizadas na página do evento no WorldSurfLeague.com.

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