A carioca Chloé Calmon conquistou uma vitória inédita nessa sexta-feira em Papua Nova Guiné. Ela ganhou o World Surf League Kumul PNG World Longboard Championships nas ótimas ondas de Tupira e largou na frente na disputa do título mundial da modalidade, que vai ser decidido na Ilha Taiwan em data a ser confirmada. Se conseguir, será o primeiro do Brasil e da América do Sul no longboard feminino, pois o peruano Piccolo Clemente e o brasileiro Phil Rajzman já conseguiram dois troféus de campeão cada um. A final em Papua Nova Guiné foi contra a havaiana Crystal Walsh e entre os homens o vencedor foi o bicampeão mundial Taylor Jensen, com o norte-americano derrotando o havaiano Kai Sallas na bateria decisiva.
Taylor Jensen e Chloe Calmon - WSL / Andrew Nichols
A sexta-feira foi de praia lotada e ondas excelentes em Tupira, com os finalistas dando um verdadeiro espetáculo em baterias com alto nível técnico, todas decididas por pequenas diferenças. A vitória de Chloé Calmon foi pura emoção e só veio na última onda, quando conseguiu uma nota 7,20 para derrotar a havaiana Crystal Walsh por 15,77 a 15,36 pontos.
A carioca já tinha chegado perto da virada quando fez sua melhor onda e recebeu nota 8,57, mas precisava de 8,60 para ultrapassar a havaiana. No entanto, ela lutou até o fim e foi recompensada, vibrando bastante com sua primeira vitória em etapas válidas pelo título mundial da World Surf League por apenas 0,41 de vantagem sobre Crystal Walsh.
Chloé Calmon - WSL / Tim Hain
"Eu sempre sonhei em ganhar um evento, mas o que aconteceu aqui foi completamente diferente de tudo que imaginei", disse Chloé Calmon. "Este foi o primeiro campeonato que eu deixei de lado a minha competitividade e só procurei me divertir fazendo o que eu mais gosto, então foi ótimo finalmente encontrar esse equilíbrio. Desde a minha primeira bateria aqui, fiquei maravilhada com a energia do lugar e com muita felicidade dentro de mim. Estou muito grata por estar aqui neste lugar incrível com essas pessoas fantásticas e ficaria feliz com qualquer resultado".
A busca de Chloé Calmon por uma vitória no Mundial de Longboard da World Surf League foi galgada ano após ano. Em suas duas últimas participações na etapa da China que vinha definindo os campeões da temporada, ela ficou em terceiro lugar perdendo nas semifinais em 2015 e no ano passado chegou a decidir o título, porém foi derrotada pela norte-americana Tory Gilkerson na Ilha Hainan. Na sexta-feira em Papua Nova Guiné, a carioca também fez uma grande bateria nas semifinais usando principalmente as manobras clássicas dos pranchões, como o hang-ten e hang-five. Com elas, derrotou a havaiana Honolua Blomfield por 15,64 a 13,30 pontos para chegar em sua segunda final consecutiva.
Crystal Walsh - WSL / Tim Hain
"Foi realmente incrível e emocionante ver tantas pessoas torcendo por mim, com meus amigos na praia me apoiando nas duas baterias que disputei aqui hoje (sexta-feira) e em todo o campeonato também", contou Chloé Calmon. "A Crystal (Walsh) estava surfando de forma incrível e eu sabia que teria que dar tudo de mim para vencê-la, depois de ganhar da Honolua (Blomfield) naquela última semifinal. Esta vitória significa muito para mim, é uma sensação incrível, muito boa, emocionante e estou muito feliz por ter conseguido realizar meu sonho aqui nesse lugar que vai ficar marcado na minha vida".
A havaiana Crystal Walsh não conseguiu a sua igualmente primeira vitória em etapas do WLT, mas é a principal concorrente de Chloé Calmon na disputa pelo título mundial de 2017. Ela ganhou a maior nota - 9,5 - da sexta-feira entre as meninas, na semifinal contra a norte-americana Kaitlin Maguire. E liderou quase toda a bateria decisiva com notas 7,03 e 8,33 em suas duas melhores ondas surfadas contra a brasileira, que virou o placar no final.
"Seria bem melhor se eu ganhasse o evento, mas não estou muito preocupada com o resultado porque ainda tem outra etapa esse ano para decidir o título mundial", disse Crystal Walsh. "Esta onda é perfeita, um sonho, então foi ótimo ter um evento de Longboard aqui. Estou realmente animada com tudo que vivi essa semana aqui. Foi um campeonato incrível".
Taylor Jensen - WSL / Tim Hain
BICAMPEÃO MUNDIAL - Na categoria masculina, quem comandou o espetáculo na sexta-feira decisiva do World Surf League Kumul PNG World Longboard Championships foi o veterano norte-americano Taylor Jensen. A bateria final foi simplesmente fantástica, com o bicampeão mundial em 2011 e 2012 derrotando o havaiano Kai Sallas por incríveis 18,46 a 17,14 pontos diante de uma multidão que lotou a praia de Tupira no último dia. O californiano computou notas 9,53 e 8,53 e descartou outra onda excelente que valeu 8,40. Já o havaiano somou 8,77 com 8,37 e conseguiu mais três notas na casa dos 7 pontos.
"Isso é uma loucura, nunca vivi nada assim e conseguir uma vitória aqui com todos os meus amigos juntos comigo fica muito mais especial", disse Taylor Jensen. "Foi uma experiência incrível do início ao fim e o dia de hoje (sexta-feira) foi diferente de tudo que já vi, não consigo nem encontrar palavras para descrever. Eu estava um pouco preocupado de vir para cá pelas coisas que ouvia, mas testemunhar pessoalmente foi a prova de que que você não pode acreditar em tudo que ouve. As pessoas aqui são incríveis e isso é algo que nunca mais vou esquecer".
Kai Sallas - WSL / Tim Hain
Depois dos elogios à Papua Nova Guiné, Taylor Jensen falou mais sobre a final eletrizante contra Kai Sallas. "Eu só sabia que teria que encontrar a melhor onda possível para vencê-lo, esse era o meu plano o tempo todo e foi assim o dia todo. Felizmente, veio uma última onda muito boa e só fiz o meu melhor nela para tirar a maior nota da bateria. Agora é hora de aproveitar esse momento e já me preparar para Taiwan. Essa é a melhor posição possível para buscar meu terceiro título mundial e se conseguir será uma honra incrível".
As duas semifinais já tinham sido espetaculares. O havaiano Kai Sallas ganhou a primeira com os recordes do último dia, totalizando 18,77 pontos com notas 9,77 e 9,00 contra o francês Antoine Delpero, que também surfou bem e somou 16,23 pontos com 8,40 e 7,83. Já o campeão Taylor Jensen computou notas 9,27 e 9,13 para derrotar o inglês Adam Griffiths por 18,40 a 17,13 pontos. O californiano faturou 15.000 dólares pela vitória e Kai Sallas ficou com metade do prêmio do campeão, enquanto Delpero e Griffiths receberam 3.750 dólares pelo terceiro lugar no World Surf League Kumul PNG World Longboard Championships.
Piccolo Clemente - WSL / Tim Hain
"Eu fui para a final com a ideia de continuar surfando como vinha fazendo, concentrado apenas em mim mesmo", disse Kai Sallas. "Eu tenho participado de campeonatos há muito tempo e quando você chega no dia das finais já está preparado mentalmente, então eu sabia que só tinha que ir lá fora e fazer meu melhor nas ondas. Eu fiquei impressionado aqui porque foi a maior multidão que já vi em campeonatos de longboard, ouvi que as pessoas andaram horas para chegar aqui e isso é incrível. Estou feliz porque o segundo lugar é um grande resultado e agora vou tentar fazer melhor na próxima para conseguir o título mundial".
Diferente da categoria feminina, nenhum competidor da América do Sul chegou no último dia da etapa de Papua Nova Guiné. O peruano bicampeão mundial Piccolo Clemente, foi quem chegou mais longe, perdendo nas quartas de final disputadas na quinta-feira e ficando em quinto lugar. Já o defensor do título, Phil Rajzman, que também conseguiu seu segundo troféu de campeão da World Surf League na China no ano passado, parou na fase anterior e o carioca dividiu o nono lugar com outro surfista do Rio de Janeiro, Rodrigo Sphaier, de Saquarema.
Chloé Calmon conquista vitória inédita no Mundial de Longboard
WSL South America
A carioca Chloé Calmon conquistou uma vitória inédita nessa sexta-feira em Papua Nova Guiné. Ela ganhou o World Surf League Kumul PNG World Longboard Championships nas ótimas ondas de Tupira e largou na frente na disputa do título mundial da modalidade, que vai ser decidido na Ilha Taiwan em data a ser confirmada. Se conseguir, será o primeiro do Brasil e da América do Sul no longboard feminino, pois o peruano Piccolo Clemente e o brasileiro Phil Rajzman já conseguiram dois troféus de campeão cada um. A final em Papua Nova Guiné foi contra a havaiana Crystal Walsh e entre os homens o vencedor foi o bicampeão mundial Taylor Jensen, com o norte-americano derrotando o havaiano Kai Sallas na bateria decisiva.
Taylor Jensen e Chloe Calmon - WSL / Andrew NicholsA sexta-feira foi de praia lotada e ondas excelentes em Tupira, com os finalistas dando um verdadeiro espetáculo em baterias com alto nível técnico, todas decididas por pequenas diferenças. A vitória de Chloé Calmon foi pura emoção e só veio na última onda, quando conseguiu uma nota 7,20 para derrotar a havaiana Crystal Walsh por 15,77 a 15,36 pontos.
A carioca já tinha chegado perto da virada quando fez sua melhor onda e recebeu nota 8,57, mas precisava de 8,60 para ultrapassar a havaiana. No entanto, ela lutou até o fim e foi recompensada, vibrando bastante com sua primeira vitória em etapas válidas pelo título mundial da World Surf League por apenas 0,41 de vantagem sobre Crystal Walsh.
Chloé Calmon - WSL / Tim Hain"Eu sempre sonhei em ganhar um evento, mas o que aconteceu aqui foi completamente diferente de tudo que imaginei", disse Chloé Calmon. "Este foi o primeiro campeonato que eu deixei de lado a minha competitividade e só procurei me divertir fazendo o que eu mais gosto, então foi ótimo finalmente encontrar esse equilíbrio. Desde a minha primeira bateria aqui, fiquei maravilhada com a energia do lugar e com muita felicidade dentro de mim. Estou muito grata por estar aqui neste lugar incrível com essas pessoas fantásticas e ficaria feliz com qualquer resultado".
A busca de Chloé Calmon por uma vitória no Mundial de Longboard da World Surf League foi galgada ano após ano. Em suas duas últimas participações na etapa da China que vinha definindo os campeões da temporada, ela ficou em terceiro lugar perdendo nas semifinais em 2015 e no ano passado chegou a decidir o título, porém foi derrotada pela norte-americana Tory Gilkerson na Ilha Hainan. Na sexta-feira em Papua Nova Guiné, a carioca também fez uma grande bateria nas semifinais usando principalmente as manobras clássicas dos pranchões, como o hang-ten e hang-five. Com elas, derrotou a havaiana Honolua Blomfield por 15,64 a 13,30 pontos para chegar em sua segunda final consecutiva.
Crystal Walsh - WSL / Tim Hain"Foi realmente incrível e emocionante ver tantas pessoas torcendo por mim, com meus amigos na praia me apoiando nas duas baterias que disputei aqui hoje (sexta-feira) e em todo o campeonato também", contou Chloé Calmon. "A Crystal (Walsh) estava surfando de forma incrível e eu sabia que teria que dar tudo de mim para vencê-la, depois de ganhar da Honolua (Blomfield) naquela última semifinal. Esta vitória significa muito para mim, é uma sensação incrível, muito boa, emocionante e estou muito feliz por ter conseguido realizar meu sonho aqui nesse lugar que vai ficar marcado na minha vida".
A havaiana Crystal Walsh não conseguiu a sua igualmente primeira vitória em etapas do WLT, mas é a principal concorrente de Chloé Calmon na disputa pelo título mundial de 2017. Ela ganhou a maior nota - 9,5 - da sexta-feira entre as meninas, na semifinal contra a norte-americana Kaitlin Maguire. E liderou quase toda a bateria decisiva com notas 7,03 e 8,33 em suas duas melhores ondas surfadas contra a brasileira, que virou o placar no final.
"Seria bem melhor se eu ganhasse o evento, mas não estou muito preocupada com o resultado porque ainda tem outra etapa esse ano para decidir o título mundial", disse Crystal Walsh. "Esta onda é perfeita, um sonho, então foi ótimo ter um evento de Longboard aqui. Estou realmente animada com tudo que vivi essa semana aqui. Foi um campeonato incrível".
Taylor Jensen - WSL / Tim HainBICAMPEÃO MUNDIAL - Na categoria masculina, quem comandou o espetáculo na sexta-feira decisiva do World Surf League Kumul PNG World Longboard Championships foi o veterano norte-americano Taylor Jensen. A bateria final foi simplesmente fantástica, com o bicampeão mundial em 2011 e 2012 derrotando o havaiano Kai Sallas por incríveis 18,46 a 17,14 pontos diante de uma multidão que lotou a praia de Tupira no último dia. O californiano computou notas 9,53 e 8,53 e descartou outra onda excelente que valeu 8,40. Já o havaiano somou 8,77 com 8,37 e conseguiu mais três notas na casa dos 7 pontos.
"Isso é uma loucura, nunca vivi nada assim e conseguir uma vitória aqui com todos os meus amigos juntos comigo fica muito mais especial", disse Taylor Jensen. "Foi uma experiência incrível do início ao fim e o dia de hoje (sexta-feira) foi diferente de tudo que já vi, não consigo nem encontrar palavras para descrever. Eu estava um pouco preocupado de vir para cá pelas coisas que ouvia, mas testemunhar pessoalmente foi a prova de que que você não pode acreditar em tudo que ouve. As pessoas aqui são incríveis e isso é algo que nunca mais vou esquecer".
Kai Sallas - WSL / Tim HainDepois dos elogios à Papua Nova Guiné, Taylor Jensen falou mais sobre a final eletrizante contra Kai Sallas. "Eu só sabia que teria que encontrar a melhor onda possível para vencê-lo, esse era o meu plano o tempo todo e foi assim o dia todo. Felizmente, veio uma última onda muito boa e só fiz o meu melhor nela para tirar a maior nota da bateria. Agora é hora de aproveitar esse momento e já me preparar para Taiwan. Essa é a melhor posição possível para buscar meu terceiro título mundial e se conseguir será uma honra incrível".
As duas semifinais já tinham sido espetaculares. O havaiano Kai Sallas ganhou a primeira com os recordes do último dia, totalizando 18,77 pontos com notas 9,77 e 9,00 contra o francês Antoine Delpero, que também surfou bem e somou 16,23 pontos com 8,40 e 7,83. Já o campeão Taylor Jensen computou notas 9,27 e 9,13 para derrotar o inglês Adam Griffiths por 18,40 a 17,13 pontos. O californiano faturou 15.000 dólares pela vitória e Kai Sallas ficou com metade do prêmio do campeão, enquanto Delpero e Griffiths receberam 3.750 dólares pelo terceiro lugar no World Surf League Kumul PNG World Longboard Championships.
Piccolo Clemente - WSL / Tim Hain"Eu fui para a final com a ideia de continuar surfando como vinha fazendo, concentrado apenas em mim mesmo", disse Kai Sallas. "Eu tenho participado de campeonatos há muito tempo e quando você chega no dia das finais já está preparado mentalmente, então eu sabia que só tinha que ir lá fora e fazer meu melhor nas ondas. Eu fiquei impressionado aqui porque foi a maior multidão que já vi em campeonatos de longboard, ouvi que as pessoas andaram horas para chegar aqui e isso é incrível. Estou feliz porque o segundo lugar é um grande resultado e agora vou tentar fazer melhor na próxima para conseguir o título mundial".
Diferente da categoria feminina, nenhum competidor da América do Sul chegou no último dia da etapa de Papua Nova Guiné. O peruano bicampeão mundial Piccolo Clemente, foi quem chegou mais longe, perdendo nas quartas de final disputadas na quinta-feira e ficando em quinto lugar. Já o defensor do título, Phil Rajzman, que também conseguiu seu segundo troféu de campeão da World Surf League na China no ano passado, parou na fase anterior e o carioca dividiu o nono lugar com outro surfista do Rio de Janeiro, Rodrigo Sphaier, de Saquarema.
Women's Kumul PNG World Longboard Championships
Chloe Calmon and Crystal Walsh battle in pristine peelers in Papua New Guinea
The groundbreaking event in Papua New Guinea crowned its champions.
The 22-year-old Brazilian still has another event to clinch her first World Title, but with her first WLC win -- the dream is becoming a
A groundbreaking finals day on the shores of Tupira.
A carioca venceu sua bateria na quinta-feira em Papua Nova Guinea no Kumul PNG World Longboard Championships 2017
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